Lição 1 – Barnabé, um líder destacado

Líder é uma pessoa ou um produto que alcançou alguma liderança numa área de atuação (por exemplo na política) ou num segmento de mercado ou segmento da sociedade.
Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. Assim, o líder diferencia-se do chefe, que é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência.Para os gestores atuais, são necessárias não só as competências do chefe, mas principalmente as do líder.

Barnabé

O Senhor convoca para sua obra aqueles que não estão presos aos valores desta vida. “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” At. 13:2
Barnabé significa “filho da consolação”. Ele surgiu no cenário do Novo Testamento como um exemplo digno de ser seguido por todos os crentes hoje. Homem simples, desprendido, deu provas de sua conversão quando vendeu sua herança para colocá-la aos pés dos apóstolos. Mais tarde conduziu Saulo aos apóstolos e o apresentou à igreja. Natural de Chipre, Barnabé perma­neceu em Jerusalém envolvido na Obra de Deus, sendo mais tarde chamado pelo Espírito Santo para a Obra Missionária. Que o Senhor levante muitos “Barnabés” hoje, nestes dias finais da igreja na terra.
BARNABÉ, UM HOMEM DESPRENDIDO
O livro de Atos diz que no princípio da igreja não havia necessitado algum, pois os que tinham alguma coisa vendiam e depositavam a quantia aos pés dos apóstolos (At 4.34). Barnabé, como um homem convertido, não ficou de fora desta maneira de cooperar com a Obra de Deus (At 4.37). Ainda hoje Deus usa os recursos que deu ao seu povo para beneficiar sua Obra na terra.
A generosidade é uma característica que deve ser constante no crentepois ela existe em função do insondável e constante amor de Deus para conosco. O apóstolo Paulo lembra isto aos crentes de Corinto, quando lhes pede que contribuam com suas ofertas em favor dos cristãos pobres da Judéia: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis”. Não há maior exemplo de amor do que este.

a) Barnabé, filho da consolação – Não se sabe na verdade como Barnabé chegou a Jerusalém. Entendem alguns comentaristas que ele foi para as festas judaicas, pois era levita, e por ali ficou, atraído pela Igreja de Cristo. Logo foi chamado pelos apóstolos de Barnabé (que traduzido é Filho da consolação), certamente por sua maneira sincera e desprendida para ajudar (At 4.36).
Barnabé era levita, da família sacerdotal dos judeus. Não temos pormenores acerca de sua conversão mas uma vez que ele tinha parentes em Jerusalém, pode ser que se tenha tornado cristão em uma de suas visitas. Um grande número de judeus dispersos haviam voltado a Jerusalém para comemorar a festa do Pentecostes. Talvez ele tenha ouvido falar de Cristo nesta ocasião e resolveu não voltar a Chipre.

b) Barnabé vendeu sua herdade – Segundo o dicionário, herdade significa: “uma grande propriedade rural, composta em geral de terras de semeadura e casas de habitação.” Foi algo assim que Barnabé vendeu para ajudar a Obra de Deus naqueles dias. Uma lição de desprendimento das coisas materiais. O mesmo espírito que testificou a Barnabé, falou a Paulo e ele escreveu a Timóteo dizendo: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele” (I Tm 6.7).

O crente que contribui com Liberdade para a obra de Deus está promovendo a glória do nome do Senhor, pois qualquer irmão que estiver passando dificuldades financeiras e for beneficiado pelas contribuições da igreja (dízimos e ofertas), certamente glorificará Deus pelo cumprimento da, sua palavra. Assim escreveu o salmista: “Aqueles que buscam o Senhor de nada têm faltae “O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre. Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão” (Sl 34.10; 37.18,19).

c)  Barnabé, um homem fiel – A fidelidade de Barnabé é inquestionável, pois a própria Bíblia diz: “Possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4.37). Note a expressão “trouxe o preço”, Barnabé não agiu como Ananias e Safira que trouxeram apenas “uma parte” (At 5.1,2), ele trouxe tudo. Nossa fidelidade é medida diante de Deus de acordo com a entrega que fazemos.

Barnabé compreendeu que era aflitiva a situação da igreja. Vendeu uma propriedade e entregou o dinheiro para ser usado no trabalho. Antes de converter-se, Barnabé talvez pensasse que os bens fossem realmente seus, mas agora ele via as coisas de outra maneira: Deus é o dono de tudo, e nós somos mordomos. Há muitos crentes nas igrejas que retêm e usam indevidamente aquilo que não lhes pertence. Deus exige o dízimo para o sustento do seu trabalho.

BARNABÉ, UM HOMEM AMIGO

Todos tinham prazer em estar com Barnabé e desfrutar de sua amizade. Barnabé mostrou-se amigo de Saulo e o ajudou nos primeiros passos da vida cristã. Como é bom poder ajudar um novo crente e introduzi-lo no seio da igreja, conduzindo-o aos cultos, ensinando-lhe os hinos e a Bíblia. Disto nasce uma grande amizade espiritual.

a)  O homem que ajudou Saulo – Barnabé foi o homem usado por Deus para ajudar Saulo no contato com a igreja de Jerusalém. Foi lá que Saulo passou por um teste difícil: “E, quando chegou á Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo” (At 9.26). Entrou em cena Barnabé, que com seu espírito sempre pronto, rompeu com as barreiras e não temendo aquele que antes era “o perseguidor” o apresentou diante de todos. Devemos agir sempre como manda a Bíblia, não fazendo acepção de pessoas, pois todos somos iguais perante Deus (At 10.34).

Três anos se passaram sem que se ouvisse a respeito de Saulo. Quando ele apareceu em Jerusalém e quis juntar-se aos crentes, a primeira recordação foi a de que ele ia de casa em casa arrastando crentes para a prisão e morte. Quando todos o consideravam inimigo, surgiu Barnabé, que creu no seu testemunho e ficou como fiador da sua palavra.b)

O homem que se uniu a Saulo – A partir do encontro com Saulo, Barnabé se uniu a ele e tornaram-se grandes amigos: “Então Barnabé tomou-o consigo… ”(At 9.27). Isto era tudo o que Saulo precisava naquele momento de sua vida espiritual. Como é confortante saber que quando chegamos na Casa de Deus somos bem recebidos, que haverá sempre alguém para nos acompanhar e nos ajudar. Barnabé influenciou a vida ministerial de Paulo através da união cristã (Sl 133).

O interesse de Barnabé voltava-se para o crescimento da obra. Sentiu que a igreja necessitava de mais obreiros. Lembrou-se de Paulo, que estava em Tarso, e foi buscá-lo. Até esse momento, aquele que seria o grande apóstolo, permanecia em obscuridade. Por ciúme ou por medo, apesar do primeiro esforço de Barnabé para integra-lo no trabalho, Paulo não tinha tido oportunidade. O Espírito Santo, que orientava a vida de Barnabé, fez que ele buscasse o homem certo para o lugar certo. Teria sido grande prejuízo para o cristianismo se Barnabé não tivesse levado Paulo para a Antioquia.

c)  O homem que testemunhou de Saulo – Diante dos apóstolos Barnabé não teve dúvidas em testemunhar de Saulo, dizendo inclusive de sua conversão no caminho de Damasco: “…e lhes contou como no caminho vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus” (At 9.27). O testemunho de Barnabé e a genuína conversão de Saulo trouxeram paz às igrejas (At 9.31).

O que em realidade sabemos é que Barnabé resolveu virar a chave e abrir aporta para Paulo. A História sempre tratará Paulo como um dos maiores dirigentes do Cristianismo e do mundo. Mas os que leem o livro de Atos conhecem a história que há por trás disso. Barnabé permitiu que o famoso apóstolo se apoiasse em seus ombros.

BARNABÉ E ENVIADO PELA IGREJA

A perseguição levou os discípulos a evangelizarem em áreas mais distantes: “E os que foram disper­sos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus” (At 11.19). Diante dessa nova neces­sidade espiritual, a igreja de Jerusalém enviou Barnabé à Antioquia (At 11.22).
Não tardou que chegasse a Jerusalém a notícia do que os irmãos realizavam em Antioquia. A igreja resolveu enviar Barnabé para investigar a natureza dotrabalho, instruir e ajudar os novos convertidos. Quando ele chegou “e viu a graça de Deus, se alegrou” (At 11.23). Longe de sentir inveja por ver como Deus fazia prosperar a obra daqueles irmãos leigos, Barnabé se alegrou. Quão bom seria que sempre nos alegrássemos com as vitórias dos nossos irmãos nas lides do evangelho!

a) Barnabé diante da neces­sidade da igreja – Barnabé estava sempre disposto a cooperar com a igreja em suas necessidades evangelísticas, pois ele era também um evangelista. Ele não mediu esforços para ir à Antioquia que distava cerca de quinhentos quilômetros ao norte de Jerusalém, e que naqueles dias era uma grande e populosa cidade. Neste ambiente de fé e misticismo chegou Barnabé para fortalecer os novos convertidos e estabelecer a igreja de Cristo: “Oqual, quando chegou , e viu a graça de Deus, se alegrou…”(At 11.23).

b) Barnabé estimulou a igreja – A mensagem de Barnabé à igreja era uma mensagem de estímulo espiritual: “… exortou a todos a que permanecessem no Senhor com propósito do coração” (At 11.23). Esta deve ser a mensagem para a igreja hoje, quando muitos estão perdendo o fervor espiritual e desviando-se do verdadeiro propósito de servir a Deus.

c) Barnabé, um homem de fé – O livro de Atos diz acerca de Barnabé: “Porque era homem de bem, e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11.24). Para se iniciar um trabalho é necessário que haja em nós as qualidades espirituais que existiam em Barnabé. Conhecendo o testemunho de Barnabé, a igreja de Jerusalém sabia que os crentes de Antioquia estavam em boas mãos. A Bíblia diz: “E muita gente se uniu ao Senhor”(At 11.24). Este é o resultado quando dedicamos nossa vida no altar de Deus e o servimos de coração.

BARNABÉ, UM HOMEM DEDICADO

Antioquia tornou-se o centro do cristianismo gentílico e, diante disso, o Concilio de Jerusalém resolveu, com a direção do Espírito Santo, aconselhar àqueles novos crentes a continuarem a desfrutar da Graça de Deus (At 15.28). E para consolidar esta Palavra lá estava o incansável Barnabé: “E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando com muitos outros, a palavra do Senhor” (At 15.35). Como é maravilhoso ter em pontos estratégicos da Obra homens de grande dedicação espiritual.

Para libertar os crentes novos das imposições cerimoniais dos judaizantes, Paulo e Barnabé tiveram de sustentar uma grande luta em Jerusalém e, depois, nocampo missionário. O evangelho estava para expandir-se para o Ocidente e em breve estaria em terras da Europa. Multidões de pagãos entrariam para a igreja cristã. Os fariseus convertidos revelaram a disposição de impor-lhes o jugo da lei, e foi de importância trans­cendental estabelecer-se a doutrina da salvação pela fé como ensino da igreja nascente. Esta decisão, iluminada, pelo Espírito Santo, impediu que a igreja cristã ficasse presa aos pórticos das sinagogas judaicas.

a) Barnabé, um homem de visitas – Barnabé, e Paulo empreenderam um trabalho de visitas ao novos crentes para consolidar a fé em Cristo Jesus: “E alguns dias depois disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos…” (At 15.36). É muito importante o trabalho de visitas na Obra do Senhor. Em geral a visita restaura a fé do fraco e o edifica no Reino de Deus. Oxalá o Senhor nos dê hoje muitos obreiros visitadores, a fim de que sua Casa seja edificada e fortalecida em nome de Jesus.
Em Atos 15.35 lê-se que “Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando com muitos outros a palavra do Senhor” Devidamente doutrinada, a igreja pode ouvir a entender a voz do Espírito Santo e oferecer os melhores obreiros para o trabalho missionário. E o Espírito Santo quem guia, inspira, e orienta a obra.

b) Barnabé e seu sobrinho João Marcos – Desde cedo Barnabé aprendeu que a Obra de Deus necessita de colaboradores, para isto ele deu oportunidade a seu sobrinho, João, chamado Marcos, para que pudesse acompanhá-lo em suas viagens missionárias, mas neófito, o moço não foi aprovado por Paulo, o que lhe causou a perda do companheiro (At 15.39). As vezes, na Obra de Deus, acontecem percursos na viagem, precisamos pois da sabedoria divina para nos conduzirmos com prudência (At 15.37).

Barnabé decidira levar consigo a Marcos. Paulo por sua vez rejeitou a ideia, alegando que Marcos os havia deixado em meio à viagem anterior, voltando a Jerusalém. Tal contenda causou a divisão entre ambos: Barnabé, acompanhado de Marcos, foi novamente a Chipre.

c) O novo companheiro de Barnabé – Diante da decisão de Paulo, Barnabé seguiu viagem com seu sobrinho que, mais tarde, tomou- se útil para o ministério (II Tm 4.11). Certamente o jovem discípulo Marcos muito aprendera com este exemplar homem de Deus. Ainda hoje precisa­mos conduzir os jovens obreiros com paciência para que possamos vê-los aprovados na Obra de Deus. A paciência exercitada com prudência nos traz resultados positivos.

CONCLUINDO

As qualidades de Barnabé espa­lhadas no livro de Atos são louvadas por muitos até hoje. Barnabé destacou-se essencialmente como um homem de exortação e reconciliação, qualidades que jamais podem ser desprezadas. A lição de generosidade nos deixada por ele, ainda fala aos corações duros e fechados para contribuir para a Obra de Deus. Barnabé se foi, mas deixou-nos um exemplo a ser seguido.

Bibliografia Pr. Mauricio Ferreira

Do site:
http://www.ebdareiabranca.com/2011/4trimestre/sumario.htm

mais ajudas:
http://portadesiao.blogspot.com

para ajudas sobre Ananias e safira:
http://ensinodominicalbetel.blogspot.com/2011_01_01_archive.html

 


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