A Primogenitura
Primogenitura é a tradição comum de herança de toda a riqueza, estado ou função dos pais pelo primeiro filho; ou, na falta de uma criança, por parentes próximos, de forma a manter o status da linhagem familiar.
Segundo a Bíblia, tanto a primeira cria de um animal, como os primeiros frutos das árvores deviam ser oferecidos ao Senhor no santuário, em agradecimento pelo dom da vida. A mesma lei se aplicava ao primeiro filho do casal: ele era considerado propriedade do Senhor (Ex 13,2; 22,29). Mas como sacrifícios humanos eram severamente proibidos, os pais, depois de oferecer o menino no templo, o resgatavam mediante uma oferta material. Esse costume devia lembrar aos israelitas a noite do êxodo, quando Deus fez morrer os primogênitos dos egípcios, ao passo que preservou os filhos dos israelitas (Ex 12,29). Também Jesus, ao completar os oito dias para ser circuncidado , foi levado ao templo por seus pais, oferecido ao Senhor e em seguida resgatado (Lc 2,28s; cf. Ex 13,12s e nota).
Ao filho primogênito cabiam os direitos de primogenitura, como dupla herança (Dt 21,17), supremacia entre os irmãos e chefia da família (Gn 27,29.40; 49,8). Mas às vezes, como no caso de Jacó e de Judá (27,30-37; 49,4-8), este direito não foi respeitado.
Jesus é chamado “primogênito de toda criatura” (Cl 1,15; Hb 1,6) em razão da supremacia que o Pai lhe concedeu entre os homens (Rm 8,29).
Esaú e Jacó
Não havia harmonia entre os gêmeos de Rebeca. Mesmo antes de nascerem, eles já estavam lutando entre si. Sua mãe, perplexa, indagou do SENHOR a razão e Ele esclareceu que os dois seriam os progenitores de dois povos distintos, que um seria mais forte que o outro, e que o mais velho serviria o mais novo. Esaú e Jacó uma analogia entre o bem e o mal Esaú era o primogênito. Na cultura hebraica esta posição garantia o direito à maior parte da herança (Deut. 21:17), à esperança messiânica e ao sacerdócio da família. (I Cron. 5:1-2). Em termos de hoje, a primogenitura correspondia à posição do crente em Cristo, incluindo: a salvação, a santificação, o serviço e o galardão. Algo, portanto, para ninguém jogar fora.
Os gêmeos diferentes
Certamente que a inveja tem sua origem no pecado, mas indiretamente o meio em que vivemos também é propicio a isto, digo não apenas ao fato de sermos atraídos pela propaganda do mundo em oferecer bens de consumo, mas uma educação espiritual de pouca qualidade também pode fazer com haja este sentimento pecaminoso.
Aqui fica claro que Deus quando determina que alguém seja abençoado; a sua palavra se cumpre no seu devido tempo. Embora o direito de primogenitura fosse algo destinado ao mais velho, vemos que o Senhor alterou o curso das coisas, isto por seu propósito.
Logo os filhos de Isaque foram crescendo se distinguiram um do outro, em muitos aspectos conforme descrito no comentário da revista, mas no campo espiritual ambos eram “desviados” afirmo porque eles nasceram em um “berço evangélico” mas não andavam conforme a vontade de Deus, ao lermos a historia completa vemos claramente isto, ainda mais quando seus pais não procediam corretamente, pois Isaque dava preferência a um filho e Rebeca a outro filho
É uma figura da luta constante entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, entre o Espírito e a carne. Como o SENHOR revelou ao profeta Malaquias, Ele amou a Jacó e aborreceu a Esaú (Malaquias 1:2-3), pois Esaú era de caráter profano (Hebreus 12:16).
Ao que parece, Isaque era um homem piedoso, caseiro, de vida relativamente tranqüila, que não passou por muitas aventuras e provações. Ele é mencionado como parte do relato sobre a vida de seu pai Abraão, e no relato sobre seus filhos.
Herdeiro da promessa de Deus a Abraão, Isaque não se apressou em casar: casou aos quarenta anos, após as providências tomadas por seu pai. Ele depois verificou que Rebeca era estéril e após muitos anos ele orou ao SENHOR sobre isso, e suas orações foram respondidas: ela concebeu um par de gêmeos, que nasceram vinte anos depois de seu casamento.
Mas, não havia harmonia entre eles. Mesmo antes de nascerem, eles já estavam lutando entre si. Sua mãe, perplexa, indagou do SENHOR a razão e Ele esclareceu que os dois seriam os progenitores de dois povos distintos, que um seria mais forte que o outro, e que o mais velho serviria o mais novo.
É uma figura da luta constante entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, entre o Espírito e a carne. Como o SENHOR revelou ao profeta Malaquias, Ele amou a Jacó e aborreceu a Esaú (Malaquias 1:2-3), pois Esaú era de caráter profano (Hebreus 12:16). O SENHOR, onisciente, sabia o que haveria de suceder mais tarde.
Esaú nasceu primeiro, e era ruivo, por isso o chamaram de Esaú, que significa cabeludo, mais tarde recebendo o apelido de Edom, vermelho, cor-da-terra (o mesmo que Adão). O segundo estava segurando-o pela perna, levando então o nome de Jacó (traduzido Tiago no Novo Testamento) que significa o suplantador, o que segue imediatamente após o outro. Abraão ainda estava vivo, com cento e sessenta anos.
Os dois gêmeos eram não só fisicamente diferentes, mas também em seu caráter:
- Esaú cresceu para se tornar um perito caçador (como Ninrode – capítulo 10:9), enquanto Jacó era pacato (amistoso, piedoso, refinado), habitando em tendas.
- Esaú vivia para os prazeres materiais, Jacó ambicionava as bênçãos do SENHOR.
- Esaú gozava da preferência de seu pai, por causa de sua caça. Jacó era o preferido da sua mãe, por ser manso e caseiro.
Sua natureza foi provada no incidente aqui relatado: Jacó, bom cozinheiro, havia preparado um ensopado grosso de lentilhas. Esaú acabara de voltar do campo, e estava cansado e com fome: o ensopado, de cor avermelhada, estava pronto para ser comido. Esaú então pediu para Jacó lhe dar um pouco desse vermelho (conforme o original).
Jacó, vendo uma oportunidade para fazer um bom negócio, propôs que Esaú lhe vendesse primeiro seu direito à primogenitura; aqui vemos que Jacó ressentia o fato que Esaú nascera primeiro, e ambicionava as vantagens que isso lhe dava: ser o principal da família, depois do pai, e o principal herdeiro.
Notemos que Jacó não estava propondo a troca por um prato do ensopado, mas a venda: Jacó dava muito valor ao direito de primogenitura e decerto pagaria bastante por ele, se fosse necessário.
Mas, sem dúvida para sua surpresa, Esaú declarou que estava a ponto de morrer (um grande exagero, pois nenhum filho do abastado Isaque iria morrer de fome), e que de nada le valia o direito à primogenitura, ou seja, considerava-o sem valor algum.
Sem perda de tempo, Jacó o fez jurar que abdicava desse direito, em favor dele. Feito isso, Jacó, feliz, deu-lhe pão e o cozinhado de lentilhas.
Jacó
Jacó está entre as pessoas mais importantes do Antigo Testamento, apesar do seu nome significar “enganador”, esse fato não implica no relacionamento de Deus. Sua mãe Rebeca o primeiro caso de gêmeos da bíblia, nasce Esaú e Jacó. Gn 25.25 “Esaú saiu primeiro, ruivo e todo como uma veste cabeluda, por isso, chamaram o seu nome Esaú” em Gn 25.26 “…saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú, por isso chamou o seu nome Jacó.
Quem tinha direito a primogenitura era o primeiro filho, nesse caso Esaú um desinteressado, porém Jacó esperto, compra a primogenitura do seu irmão, depois desse acontecido Jacó engana seu pai Isaque, com apoio de sua mãe, Esaú percebe que foi enganado procura mata Jacó, mas tarde de mais seu percebe a fúria de seu filho Esaú e orienta Jacó à fugir da presença dele e manda para Padã-Arã onde morava Labão seu tio.
Uma proposta
Moises no livro de Deuteronômio ratifica que o direito de primogenitura seria do filhos mais velho, a primogenitura se consistia no fato de que o filho primogênito possuía o direito de receber uma porção dobrada no caso de herança. Este direito portanto pertencia a Esaú, visto que ele foi o primogênito. Mas ele perdeu porque não dava importância a isso, o livro de gênesis afirma que ele desprezou a primogenitura.
E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura? E Jacó deu pão a Esaú e o guisado das lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou se, e foi se. Assim, desprezou Esaú a sua primogenitura. (Gn 25.32,34)
Isto se deu também porque Jacó induzido por sua mãe enganaram a Isaque em um momento de fragilidade, este episodio também nos deixa um exemplo.
Jacó certamente possuía um desejo pela primogenitura, mas isto não poderia ter sido alcançado por meio do engano. Quando o Senhor afirmou que o maior serviria o menor, certamente que por meios justos isto se cumpriria.
A forma usada foi uma troca, Jacó aproveitou a ocasião em que Esaú retornará de uma caça com muita fome, Jacó aproveita a situação e propõe uma troca. Jacó lhe daria comida pelo direito de primogenitura, o que Esaú logo aceitou.
Conseqüência da má escolha
E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou. (Hb 12.16,17)
Assim definiu a Bíblia a situação final de Esaú, ele perdeu o direito a benção proveniente da sua primogenitura. Isaque seu pai antes de morrer pretende abençoar o filho primogênito, tendo o chamado Isaque lhe pede que saia a busca de uma caça afim de preparar um guisado saboroso, mas Jacó instruído pela mãe usa de astúcia e prepara um guisado e instrui Jacó a se passar por seu irmão Esaú.
Como Isaque era avançado em idade não possui ema visão perfeita, não notou a diferença. Ao retornar da caça, Esaú descobre que foi enganando por Jacó, ali se iniciou uma grande rixa entre os irmãos. Para aplacar sua ira Esaú máquina acabar com a vida de seu irmão logo Isaque falecesse.
Este sentimento vingativo de Esaú nos faz lembrar de Caim e Abel, sendo que neste caso a tragédia aconteceu, pois movido de inveja Caim matou seu irmão, Ele sentiu inveja porque Deus atentou mais para oferta de Abel. Estas duas historias bíblicas são exemplos de como a inveja é prejudicial, pois além de promover um desajuste de moral de conduta, pode levar a algo mais grave, como nestes casos. O homicídio e o desprezo.
As conseqüências dos pecados de Jacó: ÓDIO, BRIGAS NA FAMÍLIA, SEPARAÇÃO, TRISTEZA E MORTE.
Gn 27.41 “E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.”
O pecado sempre traz conseqüências, ainda que não sejam imediatas.
MORTE (Três tipos) – Gn 2.17“…porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
· Morte Moral – I Tm 5.6 “Mas o que vive em deleites, vivendo está morta” Aparentemente a pessoa está viva, mas moralmente ela está morta, Adão e Eva quando pecaram moralmente eles estavam destruídos, bem vimos que eles fugiram da presença do Senhor, Jacó também estava destruído e fugiu da presença de seu irmão, viver no deleites que é os prazeres desse mundo levou à morte moral, no caso da mulher adultera moralmente ela estava morta, não tinha moral pra nada. Jacó também não tinha moral nenhuma, mas o Senhor o ressuscita no caso da mulher adultera ele disse eu te perdôo, vai-te e não peques mais. Rm 8.1 “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…”. No caso de Jacó, Deus mudou seu nome de enganador para Israel que significa “ele luta por Deus”
· Morte Espiritual – Ef 2.1 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados” Essa morte é a separação do homem com Deus, Adão não só morreu moralmente mas também espiritualmente, aquela comunhão que era constante dia a dia não existia mais o pecado fez essa divisão, a morte espiritual também pode acontecer na Ceia do Senhor por não saber discernir o corpo de Cristo e por isso há muitos que dormem. Outra passagem se encontra em Ez 18.4 “Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” aqui se trata da morte no sentido espiritual, pois há possibilidade da
própria pessoa reverter o quadro. Ez 18.21 “ Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá e não morrerá”
· Morte Física – Hb 9.27 “… aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.” Essa morte é o grande enigma para todos, mas não gostamos de falar sobre a morte física, ela é real. Logo após a queda do homem, ao pecar, Deus disse: Gn 3.19 “ No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”. Porém a morte eterna é a expansão e continuação da morte espiritual, a morte física fundida à morte espiritual resulta na morte eterna é compreendida como a eterna separação de Deus. Isso se dará após o juízo final, que é o julgamento dos mortos sem Cristo. João declara isso com a “Segunda Morte” Ap 20.6 “ Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tempoder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos”.