Texto Bíblico – Êxodo 3 1-6
Introdução
O cenário que encontramos no início do livro de êxodo é descrito nos versículos abaixo:
Êxodo: 1. 6-8 Ora, morreram José, todos os seus irmãos e toda aquela geração.
Os israelitas, porém, eram férteis, proliferaram, tornaram-se numerosos fortaleceram se muito, tanto que encheram o país. Então subiu ao trono do Egito um novo rei, que nada sabia sobre José.
Após a morte de José e de sua geração, a liderança do Egito muda, dando inicio a XVIII dinastia que foi criada após a expulsão dos Hicsos, povos de origem asiática, e que comandaram o Egito por quase duzentos anos, então sobe ao poder os governantes de Tebas e que consideravam suspeitos os israelitas que ocupavam a terra de Gósen na região oriental do Delta. Então é compreensível que os egípcios nativos não confiassem neles, pois haviam se estabelecido ali no tempo do domínio dos hicsos, eram etnicamente aparentados e tinha sidos favorecidos por eles.
Então o novo Faraó começou a oprimir o povo de Deus, até o estado de escravidão, pois como eles eram um povo e chegaram ao poder, os hebreus também podiam tomar o trono. Versículos 9 e 10;
Mais quanto mais eles oprimiam os hebreus mais o povo crescia e se fortalecia, então estrategicamente chamou duas chefes das parteiras e ordenou que na hora do parto das hebréias , se o bebê fosse menino elas o matariam, mais ambas não cumpriram a ordem e mentiram a Faraó dizendo que as mulheres hebréias eram mais espertas então elas tinham seus filhos sem ajuda das parteiras. E Deus abençoou as parteiras. Versículos 15 ao 21
Aplicação:
1° Arma de guerra – Controle Populacional existe uma teoria que a Europa em alguns anos se tornará totalmente mulçumana, conforme mostra o vídeo abaixo; E como a incentivo dos países ocidentais a prática de aborto e planejamento familiar.
2° Aqui apreendemos que as vezes teremos que escolher o mal menor como alternativa ética exemplo: Suponhamos que alguém esteja sendo perseguido por ser cristão e perguntam se aquela pessoa esta em sua casa, o que você responderia ? Também vemos os limites da obediência civil, A desobediência civil é justificada na Bíblia somente quando as autoridades intencionalmente se opõem ao evangelho de Jesus para cometerem injustiças (cf. At 4.18,19), e criam leis anti-cristã.
Na ultima cartada o Faraó baixa um decreto que todo menino hebreu que nascesse seria jogado no rio Nilo. Versículo 22
Nascimento de Moises – 1ª fase da sua vida
O povo de Deus viveu no Egito 400 anos de escravidão, mais Deus ainda tinha a sua promessa para o povo hebreu, de que seria levantado um libertador, para tira-los da escravidão.
No meio deste contexto nasce Moises, os descendentes de Levi, filho de Jacó, Anrão e Joquebede, tiveram um lindo filho e como a ordem era jogar os meninos recém nascidos no Nilo a sua família o escondeu durante três meses. Mas quando não conseguiu mais esconde-lo, fez um cesto de junco e calafetou-o com betume e piche, para a água não entrar. Quando
o cesto estava terminado, ela colocou o nenê dentro, e colocou-o na água do rio. E entre os juncos, deixou sua filha Miriã, escondida por perto, para ver o que ia acontecer. O tempo se passou, e o cesto, com sua carga preciosa, continuou flutuando na água, com a irmã sempre observando de repente, a princesa, filha de Faraó, desceu para tomar banho. Aproximando-se a este lugar, ela viu o cesto entre os juncos. Mandou uma criada ir buscá-lo e quando o abriu, o menino estava chorando. A princesa ficou com pena, reconhecendo ser ele o filhinho de algum
hebreu (israelita), mas, apesar do mandamento do rei, ela decidiu ficar com a criança.
Neste momento Miriã aproximou-se da princesa e perguntou:
? A senhora quer que eu vá chamar uma ama para o nenê?
A princesa disse que “sim”, e Miriã foi chamar a mãe da criança. Imagine! A
própria mãe foi contratada e recebeu um salário da princesa, para amamentar e criar o
seu próprio filho. Quando o menino ficou já grande, sua mãe levou-o para viver no
palácio real. A princesa deu-lhe o nome de Moisés, que significa “tirado das águas”.
Êxodo 2. 1-11
Quem era a filha de Faraó? Há duas explicações populares. (1) Alguns acreditam que Hatshepsut foi a mulher que tirou o Moisés do rio. Seu marido foi o Faraó Tutmosis II. (Isto coincidiria com a data do êxodo considerado anterior.) Aparentemente Hatshepsut não podia ter filhos, assim Tutmosis teve um com outra mulher, que chegou a ser herdeiro ao trono. Hatsepsut teria considerado o Moisés um presente dos deuses, já que agora tinha seu próprio filho, que seria o herdeiro legítimo ao trono. (2) Muitos pensam que a princesa que resgatou ao bebê Moisés era a filha do Ramesés II, um Faraó especialmente cruel que teria feito miserável a vida dos escravos hebreus. (Isto coincidiria com a data do êxodo considerado posterior.)
Na corte de Faraó, Moisés recebeu o mais elevado ensino civil e militar. O rei resolvera fazer de seu neto adotivo o seu sucessor no trono, e o jovem foi educado para a sua elevada posição. “E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras.” Atos 7:22. Sua habilidade como chefe militar tornou-o favorito dos exércitos do Egito, e era geralmente considerado personagem notável. Satanás fora derrotado em seu propósito. O mesmo decreto que condenava as crianças hebréias à morte, tinha sido encaminhado por Deus de modo a favorecer o ensino e educação do futuro chefe de Seu povo.
Josefo afirma que Moisés crescia e demonstrava muito mais espírito e inteligência que o permitido por sua idade: “Mesmo brincando, dava sinais de que um dia seria alguém extraordinário” (2005, p.140). A princesa fê-lo educar, afirma Josefo, “com grande desvelo, e quanto mais os hebreus se alegravam tanto mais os egípcios se atemorizavam” (2005, p.140). Afirma o historiador judeu, que Moisés foi ordenado general de todo o exército egípcio para lutar contra os etíopes que, aos poucos, invadiam e conquistavam as terras egípcias. Destacando-se como estrategista militar eficiente, acrescenta Josefo, que o Faraó invejou a Moisés e a fama do mesmo que percorria todo o Egito.
A tradição judia recolhimento no discurso do Esteban divide a vida do Moisés em três períodos: quarenta anos no Egito (At 7.23), quarenta no Madián (7.30), e quarenta no deserto a partir do êxodo (7.36). Isto soma um total de cento e vinte anos, o que corresponde à cifra dada no Dt 34.7.
Sua tentativa de Libertar Israel e o deserto – 2° fase de sua vida
A respeito desta mudança decisiva na vida do Moisés, cf Hb 11.24-26. Seu desprezo santo das honras e dos prazeres da corte egípcia, ele recusou ser chamado filho da filha de Faraó. A tentação era realmente muito forte. Ele teve uma oportunidade justa (como dizemos) para fazer sua fortuna, e ter sido útil a Israel também, com o seu interesse na corte. Ele avaliou-se muito mais a sua honra e a vantagem de ser um filho de Abraão do que ser filho da filha de Faraó.
Sua preocupação com os seus irmãos pobres em cativeiro, ele escolhe sofrer aflição, ele olhou para as suas cargas como aquele que não só tinha pena deles, mas estava decidido a se aventurar com eles.
Porém, quando completou 40 anos, ao visitar os seus irmãos hebreus, Moisés mata um egípcio que maltratava um dos escravos hebreus (Êx 2.11,12).
Moisés nessa época já houvera discernido a vontade de Deus para sua vida. Atos dos Apóstolos afirma que Moisés “cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam” (7.25). Pouco tempo depois ao arbitrar e interferir na querela entre dois hebreus, Moisés descobre que o fato de ter matado um egípcio já se tornara assunto corrente. Temeu pela sua vida, e com muita razão, pois a lei que prevalecia nesse período era “olho por olho, dente por dente”. Faraó soube do caso; sente-se traído por Moisés e decreta-lhe a morte (Êx 2.15). O literato da Epístola aos Hebreus vislumbra a fé de Moisés ao se retirar do Egito: “Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível” (11.27). Segundo o biblicista Charles Pfeiffer, “tentando redimir Israel à sua maneira e na sua hora, Moisés fracassou. Mas na hora de Deus ele foi chamado para libertar à maneira de Deus e pelo poder de Deus” (1990, p.70).
Lições do Deserto
Depois de 40 anos de vida palaciana, no Egito, Moisés foi obrigado a fugir do palácio de faraó e viver no deserto, por ter matado um egípcio em defesa de um hebreu. Até essa experiência com o Senhor no monte Horebe, ele viveu mais 40 anos no deserto. Para muitos, um desastre, um tremendo castigo.
Como muitos, Moisés deve ter-se achado um fracasso. “Caiu” de príncipe no palácio, para pastor de ovelhas no deserto. Mas o que ele não sabia, como muitos não sabem, é que Deus tinha Seus planos. E os planos de Deus não são de fracasso, mas de vitórias e conquistas.
Moisés estava num deserto sim, porém estava nos planos de Deus. Deus pode usar um deserto para formar seus nobres, valentes e conquistadores! Deserto não precisa ser local de fracasso, mas o grande laboratório de Deus para forjar um caráter de excelência em seus filhos. Podemos tirar lições valiosas no deserto.
1- DESERTO É LUGAR PARA DEUS COLOCAR UM CORAÇÃO NOBRE NOS SEUS ESCOLHIDOS (v. 1 a)
2- DESERTO É O LUGAR ONDE OS NOBRES DE DEUS VÊEM AS MARAVILHAS DE DEUS (v.2):
3- DESERTO É LUGAR PARA O HOMEM OUVIR A VOZ DE DEUS (v.4)
4- DESERTO É LUGAR PARA O HOMEM RESPONDER AO CHAMADO DE DEUS (v.4):
5- QUANDO DEUS SE REVELA AO HOMEM, ATÉ O SEU DESERTO SE TORNA SOLO SANTO (v.5-6):
6- DESERTO PODE SER O LOCAL IDEAL PARA OS NOBRES DE DEUS SEREM COMISSIONADOS E CONSOLIDADOS POR ELE (v.10-12)
3ª fase de sua vida
Monte Horeb é outro nome para o monte Sinaí, onde Deus revelaria ao povo sua lei (3.12)
Deus falou com o Moisés de uma fonte inesperada: uma sarça ardente. Quando Moisés a viu, foi investigar. Também Deus usa às vezes fontes inesperadas quando se comunica conosco, já seja que utilize pessoas, pensamentos ou experiências. Esteja disposto a investigar, seja receptivo às surpresas de Deus.
Moisés viu uma sarça ardente e falou com Deus. Muita gente na Bíblia experimentou aparições de Deus em uma forma visível (não necessariamente humana). Abraão viu um forno fumegante e uma tocha acesa (Gen_15:17); Jacó lutou com um varão (Gen_32:24-29). Quando os escravos foram liberados do Egito, Deus os guiou com uma coluna de nuvem e de fogo (Gen_13:17-22). Deus realizou tais aparições para animar a sua nova nação, guiá-los e provar a confiabilidade de sua mensagem verbal.
Deus ordenou ao Moisés tirar suas sandálias e cobrir seu rosto. Tirar o calçado era um ato de reverência que comunicava sua própria indignidade ante Deus. Deus é nosso amigo, mas além disso é nosso Senhor soberano. Aproximar-se do de uma maneira frívola mostra uma falta de respeito e de sinceridade. Quando vai a Deus em adoração, lhe aproxima casualmente ou vem ante O como se fora um hóspede convidado ante um rei? Às vezes devemos trocar nossa atitude de modo que seja a apropriada quando nos aproximamos do Deus Santo.
“Os lugares do cananeo” é a terra do Israel e Jordânia hoje. Cananeos era um termo que se dava às diversas tribos que viviam nessa terra.
Moisés se desculpou porque se sentia incapaz para a tarefa que Deus lhe encomendou. Era natural nele que se sentisse assim. Sim, era incapaz por si só. Mas Deus não lhe estava pedindo ao Moisés que trabalhasse sozinho. Ofereceu-lhe outros recursos para ajudá-lo (Deus mesmo, Arão, e o dom especial de fazer milagres). Deus nos chama com freqüência para que realizemos tarefas que parecem muito difíceis, mas não nos pede que as façamos sozinhos. Deus nos oferece seus recursos, ao igual ao fez com o Moisés. Não devemos nos ocultar detrás de nossas deficiências, como ele, a não ser olhar além de nós mesmos e ver os grandes recursos disponíveis. Então podemos permitir que Deus utilize nossas contribuições.
3.13-15 Os egípcios tinham muitos deuses de muitos nomes diferentes. Moisés queria saber o nome de Deus para que o povo hebreu soubesse quem exatamente o tinha mandado. Deus se chamou a si mesmo EU SOU, um apelativo que descrevia seu poder eterno e seu caráter inalterável. Em um mundo onde os valores, a moral e as leis trocam constantemente, podemos encontrar estabilidade e segurança em nosso Deus que nunca troca. O Deus que apareceu ante o Moisés é o mesmo que pode viver em nós hoje em dia. Hb_13:8 diz que Deus é o mesmo “ontem, hoje e pelos séculos”. Como a natureza de Deus é estável e confiável, temos a liberdade de segui-lo e desfrutá-lo, em lugar de passar o tempo tratando de imaginar como é O.
3.14, 15 Jeová, ou Yavé, deriva da palavra hebréia que corresponde a EU SOU. Deus lhe estava recordando ao Moisés as promessas de seu pacto feitas ao Abraão (Gen_12:1-3; Gen_12:15; 17), ao Isaque (Gen_26:2-5) e ao Jacó (Gen_28:13-15). E utilizou o nome EU SOU para mostrar sua natureza incambiable. O que Deus prometeu aos grandes patriarcas, centenas de anos antes, cumpriria-o através do Moisés.
3.16-17 Deus instruiu ao Moisés para que lhe dissesse ao povo o que tinha visto e ouvido na sarça ardente. Nosso Deus é um Deus que atua e fala. Uma de suas maneiras mais convincentes de lhes falar com outros é descrevendo o que tem feito e como falou a seu povo. Se você está tratando de lhes explicar a outros a respeito de Deus, lhes fale do que tem feito em sua vida ou nas vidas daqueles personagens da Bíblia.
3.17 A terra “que flui leite e mel” é uma descrição de uma expressão poética que expressa a beleza e produtividade da terra prometida.