1. O que é Autoridade :
O termo autoridade vem do latim, auctoritas, derivada de auctor, causa, patrocinador, promotor, ou seja aquele que promove a cooperação ou submissão do grupo em prol de um objetivo maior.
A autoridade pode se de alguns tipos:
A autoridade pessoal: deriva-se do reconhecimento de que alguém sabe e tem realizações em um campo especifico.
Autoridade oficial :é aquela dada a uma pessoa em razão de uma função ou poder que lhe tenha sido conferido por outros, de acordo com a lei, com os costumes ou com outras convenções sociais.
Autoridade de objetos (como um livro): podem tomar-se autoritários pelo consensos de muitos.
Ou podemos usar os termos autoridade externa ou autoridade interna.
A externa é aquela conferida a uma pessoa que se tornou oficial, nomeada por outros, como um governador. Um policial, um professor, etc.
A interna é aquela residente em um argumento convincente ou em um importante exemplo ou em uma experiência moral ou espiritual.
A autoridade é o direito de influir sobre os outros a autoridade quase sempre nos é delegada.
Exercício de poder delegado
Toda a fonte de autoridade existente emana de Deus, portanto não há nenhuma autoridade existente, que não esteja sujeita a Deus; Deus é a fonte de toda a autoridade. Ele detém o poder supremo. Ele é Aquele que está sentado no trono do universo e é Ele quem tem completo controle sobre todas as coisas. Consequentemente, podemos deduzir que qualquer outra autoridade que exista no universo foi estabelecida por Ele ou, pelo menos, só existe com a Sua permissão. Sem o Seu consentimento, não seria possível a sobrevivência de qualquer outra autoridade. Entretanto, não importa onde encontremos autoridade neste mundo de hoje (seja ela boa ou má), sabemos que é algo que provém legalmente de Deus. Isto é exatamente o que as Escrituras ensinam. Governos humanos, Forças Armadas, juízes, etc., são instituições que são estabelecidas por Deus para inibir as forças do mal neste mundo (Rom 13:1-7).
João 19 -10-11 “Você se nega a falar comigo?”, disse Pilatos. “Não sabe que eu tenho autoridade para libertá-lo e para crucificá-lo?”
Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre mim se esta não te fosse dada de cima…
O nosso Deus reina ele destitui governantes, lideres em todos os graus e lugares.
Deus de Israel é ‘Senhor de toda a terra‘ (cf. Mq 4.13), que controla a história e o destino das nações (Am 9.7). De acordo com Amós 9.12, as nações ‘são chamadas’ pelo ‘nome’ do Senhor. A expressão aponta a propriedade e autoridade do Senhor sobre as nações como deixa claro o uso constante em outros textos bíblicos (cf. 2 Sm 12.28; Is 4.1).
Quem delega da liberdade e exerce controle
Que delega tem o controle é e importante, que seja dada liberdade de atuação para quem está revestido de autoridade, se não houver liberdade de ação o que foi revestido de autoridade se torna uma marionete.
Exemplo: Deus que nós servimos está no controle de todas as coisas.
A primeira, estar no controle, não significa manipular o processo 24 horas por dia, 7 dias na semana, 30 dias no mês, 365 dias no ano, e toda a vida. Estar no controle não significa manipular o processo o tempo todo.
A segunda, completa a primeira, estar no controle é você ter o poder, e a autoridade para intervir na hora que você quer, do jeito que você quer, e como você quiser, exemplo micro para você entender o macro que eu estou falando, que é Deus.
Um exemplo micro, por exemplo, existem várias empresas, que são empresas mundiais, que tem presidente no Brasil, na Argentina, na África do Sul, na Alemanha, na Itália, na França, ela tem uma presidência mundial, ou um conselho de administração que comanda a empresa no mundo todo, mas cada presidente da empresa no país, tem a sua autonomia, para colocar os planos da empresa, só que aqui por cima tem um presidente mundial, que pode a qualquer hora intervir, O presidente mundial está numa posição superior, e portanto ele pode a qualquer hora ele intervir em qualquer uma destas empresas, mas ele que está dirigindo aqui no Brasil, ou na Argentina ou na França, ele tem autonomia para gerenciar e gerir.
Assim é Deus. Deus está no controle de tudo, mas ele permite o homem escrever história, ele permite você e eu fazermos escolhas e ele respeita as nossas escolhas. Ele permite você e eu tomarmos nossas decisões, mas Deus, a hora que ele quiser, do jeito que ele quiser, ele pode interferir na vida de qualquer um de nós, porque afinal de contas o Deus que nós servimos está no controle de Todas as coisas . Mensagem Pastor Silas Malafaia – Deus está no controle.
Agora se aquele que recebeu a autoridade, pode muito bem perde-la quando, subleva a autoridade maior, ou não seque as normas e princípios daquele que o revestiu de autoridade. E passa a governar para si próprio e não em prol do bem estar da comunidade ou grupo sobre o qual se tem autoridade, e é de Deus o juízo sobre estas autoridades.
Lembram o que Deus falou para Nabucodonosor: “Passou de ti o teu reino” (v. 31). E na mesma hora ele foi tirado dentre os homens, e foi humilhado, zombado e escarnecido por todos. Quem diria, o “grande” rei Nabucodonosor virou um bicho! É assim que Deus faz: abate os soberbos que de alguma maneira sublevam a sua autoridade.
1.1. Autoridade pressupõe legalidade
Uma pessoa que tem ou esta numa posição de autoridade, há um ato legal legitimando aquela autoridade, ela recebeu legalmente este direito, e muito tristes ver alguns nos nossos dias caindo de paraquedas por ai dizendo que receberam a autoridade de Deus sem mesmo conhecer a deus, ou adquirindo autoridade “títulos, nomes e diplomas”, totalmente de modo ilegal está autoridade não é reconhecida por deus, e falsa e mentirosa e só pode ter sido aprovada no inferno.
1.2. Ato que implica legitimidade
Quem exerce autoridade deve seguir as leis pré-existentes estabelecidas, seja ela humana ou bíblica, ela não pode simplesmente passar por cima dos princípios que regem a autoridade constituída. Nem entrar em choque com as demais autoridades. Já diz o ditado cada macaco no seu galho.
Exemplo: Um policial não pode interferir na autoridade de um médico.
2. Exercício da Autoridade
2.1. Deus ordenou a existência das autoridades.
Para o bem do convívio social Deus estabeleceu a existência de instituições e quem seria a autoridade sobre estás instituições.
Toda instituição que tem a aprovação de Deus tem como líder o cabeça a pessoa de Jesus Cristo ele é a pedra fundamental de tudo. E quando digo tudo é tudo mesmo do planeta terra ele é o principal, por ele, para ele é que nós existimos.
2.2. Tipos de autoridade
Vamos definir alguns tipos de autoridade que a bíblia nos apresenta.
2.2.1. Autoridade do Governo
Os Governos e as autoridades constituídas para governo dos países, são instituídas para o bem estar da população e são agentes de Deus para garantir a ordem como vemos em Rm 13,4 e Lc 22.25.
As escrituras nos orientam a sermos submissos às autoridades e, consequentemente, às leis de nosso país. Pagar imposto ou regularizar um imóvel na prefeitura, por exemplo, são obrigações que não ferem a Palavra de Deus. Deixar de cumprir alguma dessas obrigações é mais do que se rebelar contra o governo: é se rebelar contra Deus.
Portanto, como cristãos, devemos dar o bom testemunho, sendo submissos à autoridade de nossa região. Devemos obedecer às leis, contanto que estas não atrapalhem nosso relacionamento com Deus. Por exemplo, se um governo decretar que é proibido ler a Bíblia, não deixe de lê-la, pois Deus deseja que façamos isto: proibir a leitura da Bíblia seria um ato que prejudicaria nosso relacionamento com Deus. Não se esqueça que é Deus quem permite uma pessoa chegar ao poder.
Porém, não devemos obedecer cegamente a tudo o que as autoridades determinam. Em Romanos 13:3, Paulo fala que “os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal.”. Devemos sempre lembrar que Deus é a autoridade máxima. Logo, se alguma lei ou solicitação for contra o que a Bíblia diz, devemos obedecer primeiramente a Deus. Um exemplo disso está em Atos 4:18:20.
É importante também estarmos atentos para não confundir qualquer fiscalização com perseguição. Estão perseguindo cristãos quando, por exemplo, não permitem que seja realizado algum evento somente por ser um evento cristão. Agora, se esta proibição é devida à falta de alguma documentação, a situação é bem diferente: trata-se de uma punição, e não uma perseguição. Devemos ser submissos às autoridades não apenas para evitarmos punições, mas também para mantermos nossa consciência limpa. Rm 13:5.
Outro ponto importante a se observar é a maneira como confrontar um decreto que discorde da Bíblia. Sair promovendo “quebra-quebras” ou atitudes violentas exageradas não colaboram com nada. Não devemos retribuir o mal com o mal. Precisamos ser firmes em nosso posicionamento e, ao mesmo tempo, ser um bom testemunho. Um exemplo disto é Jesus que, por vezes, agiu de forma mais “pesada”, como no caso da expulsão dos mercadores do templo ou na repreensão aos fariseus, mas nunca exagerando na rigidez. Caso o fizesse, Ele estaria sendo um mau testemunho. Do mesmo modo, um cristão deve manter-se firme no seu posicionamento, porém, sem deixar de agir coerentemente.
2.2.2. Autoridade na Família
No lar, Deus constituiu o homem autoridade sobre a esposa e os filhos.
A palavra de Deus diz: como Cristo é a cabeça ou autoridade sobre o homem, o homem é cabeça sobre sua esposa (1 Coríntios 11.3). A razão é o fato de o homem ter sido criado primeiro. Normalmente, nos ensina a ordem divina na criação que tudo o que vem antes se constitui autoridade (1 Coríntios 11.8-12; 1 Timóteo 2.11-15). Por isso a esposa deve se submeter ao marido. A palavra de Deus dignifica tanto o casamento, que compara o marido com Cristo e a esposa com a igreja. Assim como Cristo é o cabeça da igreja, o homem é o cabeça da sua mulher; e assim como a igreja (noiva de Cristo) é submissa a Cristo, a esposa deve ser submissa ao homem (revelado especialmente em Efésios 5.22-33). Porém, a mulher só será submissa ao seu marido se tiver revelação da autoridade de Deus em sua vida; do contrário, será muito difícil submeter-se, principalmente aos maridos de difícil convivência. Por isso a palavra diz para ela ser submissa ao seu marido “como ao Senhor” (Efésios 5.22). Isto significa que quando a mulher se submete ao seu marido, na verdade está se submetendo ao Senhor.
A submissão da mulher não é uma questão de inferioridade, mas de uma disposição que Deus instituiu na família, o que dá à mulher:
a) cobertura espiritual;
b) proteção;
c) cuidados.
Quanto à submissão da mulher, em relação a Deus, diz a palavra: “isto é de grande valor” (1 Pedro 3.4); e em relação a ela, resulta: “espírito manso e tranqüilo”(1 Pedro3.4,6).
As mulheres são exortadas a serem submissas aos seus maridos como Sara foi com seu esposo, Abraão (1 Pedro 3.1-6). Quem assim procede, diz Pedro, se torna filha de Sara.
Abraão é exemplo de fé; ele é chamado de pai dos que creem. Sara é exemplo de submissão. Com isto concluímos que a fé em Cristo resgata no homem e na mulher sua submissão à autoridade direta – a Deus – e delegada – aos homens. Fé e submissão andam juntas na experiência do homem com Deus.
A submissão torna-se mais prática quando a palavra diz do “respeito” que a mulher deve ter pelo esposo (Efésios 5.33).
Interessante observar a atitude de Eva quando pecou contra Deus. Ao atender a sugestão do diabo ela saiu de duas coberturas: de Deus e do seu esposo, Adão. Quando ela saiu da autoridade de Deus, imediatamente saiu da autoridade do homem. Por isso a palavra de Deus nos exorta a nos colocar debaixo da autoridade do Senhor para então obedecermos a sua autoridade delegada.
Há uma promessa às esposas que têm maridos incrédulos: “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor” (1 Pedro 3.1). Qual procedimento? Submissão ao próprio marido!
Aos maridos a palavra de Deus responsabiliza de amar suas esposas. Chama mais o marido ao amor do que a mulher à submissão (Efésios 5.25,28,33). Não podemos esquecer que Deus, ao criar a mulher do homem, tirou-a do lado do seu coração, para ser amada e tratada com consideração (Colossenses 3.19; 1 Pedro 3.7).
Os filhos também devem se submeter ao seu pai. Obedecer ao pai é honrá-lo (Efésios 6.2); e honrar significa reconhecer a posição de autoridade divina em que Deus o estabeleceu no lar.
Deus quer filhos obedientes, não filhos que fazem parte de uma geração rebelde, como a caracterizada, principalmente nestes últimos dias (Romanos 1.30; 1 Timóteo 3.2).
Se os filhos forem submissos aos pais, em relação a Deus, diz a Palavra: “assim fazê-lo é grato diante de Deus” (Colossenses 3.20); e em relação ao discípulo há duas promessas: tudo irá bem e terá longa vida (Efésios 6.2,3).
Quanto à submissão da esposa e dos filhos ao cabeça do lar, deve ser absoluta, mas sua obediência deve ser relativa, quando vai de encontro à palavra de Deus.
A palavra de Deus responsabiliza os pais, por um lado, de não provocar seus filhos e nem irritá-los, para que não fiquem desanimados; e por outro lado, criá-los na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6.4; Colossenses 3.21).
Quando os membros de uma família entendem a autoridade, muitas dificuldades no lar desaparecem.
Que nossas famílias sejam um lugar em que resplandeça a glória de Deus, através do qual os discípulos sejam edificados e os incrédulos sejam salvos.
Que nossos lares sejam um encontro vivo e dinâmico da igreja nas casas, tal como vemos nos Atos dos Apóstolos.
2.2.3. Autoridade Eclesiástica
Há, certamente, necessidade de autoridade na Igreja. Não há dúvida de que Deus usa os homens para serem ambos, líderes e exemplos para outros e para atraí-los para um relacionamento com Cristo.
A genuína autoridade espiritual emana do próprio Deus. Aqueles que exercem tal autoridade são vasos preparados que transmitem os pensamentos e desejos de Deus para o Seu povo. É este tipo de autoridade que deveríamos estar exercendo na Igreja hoje. Precisamos desesperadamente de homens que falem quando Deus fala com eles, que liderem de acordo com Sua direção e que manifestem Suas revelações. A grande necessidade atual não é daqueles que foram treinados, eleitos ou indicados para posições de autoridade, mas daqueles que são íntimos de Deus e através dos quais Ele pode transmitir livremente Sua vontade.
A genuína autoridade espiritual não vem por uma indicação para uma “posição” ou “diaconato”. Embora certos homens tenham adquirido no Novo Testamento rótulos como “ancião”, “diácono” ou “apóstolo”, a autoridade deles não veio por causa de alguma “posição”. A verdade é exatamente o contrário. Tais designações vieram como resultado do profundo trabalho espiritual que Deus fez interiormente neles. Elas eram uma maneira de descrever suas funções especiais no corpo. Em alguma área específica Deus preparou esses homens para serem canais de Sua autoridade. Esses nomes foram usados para identificar essas áreas de serviço, não para qualificá-los para elas.
Sim, a Bíblia diz que os Apóstolos “ordenaram” presbíteros em cada Igreja (Atos 14:23). Mas o que este termo realmente significa? W. E. Vine, em seu Dicionário Expositor das Palavras do Novo Testamento, diz o seguinte: “não se trata de uma ordenação eclesiástica formal, mas a escolha, para o reconhecimento das Igrejas, daqueles que já tinham sido levantados e qualificados pelo Santo Espírito e dado evidência disso em suas vidas e em suas obras.” Você vê que os Apóstolos não estavam arbitrariamente selecionando homens que preenchessem certas qualificações ou que, talvez, estivessem mais desejosos de prosseguir com a programação deles ou que, possivelmente, tivessem muito dinheiro ou influência na comunidade. Ao contrário, com olhos espirituais, eles estavam indicando, para benefício daqueles que não podiam ver tão claramente, aqueles que Deus havia selecionado e preparado para usar como Seus vasos.
Por favor, não compreendam mal isto: esforços humanos movidos pela autoridade natural podem ser capazes de realizar coisas notáveis no mundo religioso. Campanhas de “reavivamento,” acionamento de membros, levantamento de fundos e projetos de construção, podem todos ser executados por forte liderança humana. Mas, lembremo-nos que “sucesso” não é a medida para nossas realizações espirituais. Não importa quão grandiosos ou impressionantes nossos trabalhos possam parecer, se eles tiverem sido construídos com substâncias erradas – elementos terrenos em vez de sobrenaturais – eles serão destruídos no dia do julgamento.
3 – Função da Autoridade
“No aspecto do evangelho, ter a “Autoridade” não significa o direito de agir como ditador, ordenar ou comandar. Pelo contrário, significa guiar, proteger, indicar o caminho, dar exemplo, dar segurança, inspirar e criar o desejo de apoiar e seguir.