Introdução
E importante antes de entrarmos na lição com relação a autoridade do Espirito Santo, para sabermos corretamente quem é o Espírito Santo.
Em primeiro lugar o Espirito Santo é Deus, assim como o Pai e assim como Jesus, ambos possuem os mesmos atributos divinos, e como os demais ele é uma pessoa, e também é fonte de toda autoridade que existe.
Ele não é simplesmente uma força, podemos dizer que o Espirito Santo, é o executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito — “o dedo de Deus” (Luc. 11:20) — Deus opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes.
A obra do Espirito Santo nos dias atuais vai muito além de batizar as pessoas no ou com Espírito Santo, e de a pessoa como evidência do batismo falar linguas estranhas.
O Espirito Santo hoje é o que dá vida a igreja, e ele que salva, santifica, renova, revela, ajudanos a orar, reveste os crentes de poder e dirige a igreja.
Jesus antes de subir aos céus prometeu enviar o Consolador o Espirito da Verdade, e ele iria ficar conosco no lugar de Jesus até a consumação dos séculos.
1. Autoridade para vivificar
O Espírito Santo é o que dá a vida, só ele pode vivificar o que está morto, seja dar vida espiritual ao homem para que este tenha relacionamento com Deus.
E a partir do momento que o homem decide entregar sua vida a Cristo, o Espirito Santo passa a viver dentro dele, e quando a pessoa começa a desenvolver e a crescer neste relacionamento, ela recebe o revestimento de poder, ou o transbordar do Espirito Santo, ou plenitude do Espirito Santo, onde a evidencia física é o magnificar e adorar a Deus em línguas estranhas. Estranha para os homens, mais totalmente entendida por Deus.
1.1. Vida física
Além de atuar no espirito do homem no seu interior o Espirito Santo, também atua no exterior, no corpo pois o corpo é o templo do Espirito Santo.
É ele que cura as enfermidades, que agirá na ressureição dos mortos e que pelo seu poder seremos arrebatados e teremos nossos corpo serão transformados.
1.2. Vida eterna
O Espirito Santo tem uma atuação, eterna e não temporal ou passageira como alguns querem acreditar, mais ele sempre esteve, está e estará atuando plenamente e eternamente em nossas vidas.
2. Autoridade para convencer
“Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviarei e, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (João 16:7-8).
2.1. Autoridade pela pregação
Quando pregamos o Evangelho, nós não podemos convencer e muito menos converter ninguém quem age é o Espirito Santo.
Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.(Zacarias 4:6).
A obra do Espírito Santo em nossa vida:
Ele convence do pecado. Ele revela a natureza do pecado e seu castigo, e leva o homem a reconhecer que é culpado diante de Deus. Guia o pecador a ter fé em Jesus, como Salvador.
O Espírito Santo veio ao mundo para convencer do pecado (João 16:9).3.2) O Espírito Santo convence o mundo da justiça (João 16:10). O Espírito Santo convence o mundo do juízo vindouro de Deus (João 16:11).
E em Gálatas 5:22, 23, o apóstolo Paulo dá-nos uma lista de características que nos permitem identificar a presença do Espírito Santo na vida do indivíduo a passagem que geralmente denominamos O FRUTO DO ESPÍRITO.
2.2. Conhecimento tríplice
Em João 16.7-11 Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo.
Leiamos: “Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para o meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”.
São três convencimentos que o Espirito Santo trás ao ser humano vejamos cada um individualmente.
2.2.1. Consciência do pecador
“Do pecado, porque não creem em mim”. O homem tem rejeitado a Jesus. O mundo perverte a Palavra de Deus imputando a Jesus como apenas um profeta, ou como um espírito superior, ou como um filósofo que fala de amor, somente pura Heresia.
O principal pecado que o ser humano pode, cometer é o de não crer em Jesus, porque para todos os outros pecados a perdão disponível, mais como é o sangue de Jesus é o preço a ser pago, só através dele e que temos a vida eterna.
Mesmo se fosse possível um ser humano, viver em estado de perfeição e nunca pecar, mais não crer em Jesus, ele seria condenado por ter rejeitado a Cristo. E este é o maior dos pecados.
E o Espirito Santo é que mostra sempre que há algo de errado em nós é que temos que acertar nossas contas com Deus.
2.2.2. Padrão da Justiça de Deus
“Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais”.
O Espírito Santo também nos convence da justiça de Deus. Deus é amor, conforme I João 4 : 8 “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”, mas, Deus é justiça Gálatas 6-7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.
O amor de Deus não anula a sua Justiça, fiquemos tranquilos ninguém vai ser condenado ao inferno sem merecer e ninguém ira para o céu sem merecer a justiça de Deus e perfeita, muito diferente da justiça dos homens.
2.2.3. Juízo Vindouro
“E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado”. Satanás é o príncipe deste mundo e já está julgado. E com ele a todos que não creem na Palavra de Deus.
Como se convencerão as pessoas na autoridade de que o crime será castigado? Pela descoberta do crime e subsequente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça.
A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre as vidas dos homens foi destruído, e que sua completa ruína foi decretada. Satanás tem sido julgado no sentido que perdeu a grande causa, de modo que já não tem mais direito de reter como escravos, os homens seus súditos. Pela Sua morte Cristo resgatou todos os homens do domínio de Satanás, devendo asses aceitarem sua libertação. Os homens são convencidos pelo Espírito Santo de que na verdade são livres (João 8.36). Já não súditos do tentador; já não são mais obrigados a obedecê-lo, mas, agora, são súditos leais de Cristo, servindo-O voluntariamente no dia do seu poder. Salmo 110.3
Satanás alegou que lhe cabia o direito de possuir os homens que pecaram, e que o Justo Juiz devia deixá-los sujeitos a ele. O Mediador, Jesus Cristo, por outra parte, apelou para o fato de que Ele, havia levado o castigo do homem tomando assim o seu lugar, e que, portanto, a justiça bem como a misericórdia, exigiam que o direito de conquista de Satanás fosse anulado e que o mundo fosse dado a Ele, o Cristo, que era o seu segundo Adão e Senhor de todas as coisas. O veredito final divino foi contrário ao príncipe deste mundo – e ele foi julgado. Ele já não pode “guardar os seus bens” em paz sendo que Um mais poderoso o venceu (Lc 11.21,22), despojando-o de tudo que possuía. Cl 2.15.
3. Submissão à autoridade do Espírito hoje.
O Espírito Santo é uma autoridade muito íntima que exige a experiência pessoal da Salvação em Jesus Cristo para que possamos entendê-lo e obedecer à sua vontade.
Você tem permitido que o Espírito Santo te convença ou tem se rebelado à sua voz?
A Bíblia nos exorta a não apagar o Espírito e aplica a mesma palavra usada para não apagar a fogueira. O Espírito Santo é como um fogo que além de iluminar queima as impurezas. Não apagueis o Espírito – 1 Ts 5.19.
O Espírito Santo deseja queimar todas as impurezas e as palhas da vida. Cabe ao crente não apagar estas chamas purificadoras: Disse João a todos: Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. A sua pá, ele a tem na mão, para limpar completamente a sua eira e recolher o trigo no seu celeiro; porém queimará a palha em fogo inextinguível – Lucas 3.16-17.
3.1. Transformação necessária
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Cor. 3-18).
É impossível alguém se submeter ao Espirito Santo e não ter uma vida de mudança.
A transformação envolve a mudança da velha vida de pecado para uma nova vida de obediência a Jesus Cristo. “Pelo que, se alguém esta em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Cor. 5-17);
Aquele que realmente é transformado pelo poder do Espírito Santo esta liberto da escravidão do pecado, e passa a ter uma nova vida, desejando obedecer a Deus e seguir a direção do Espírito Santo. Quem tem sua vida transformada pelo poder do Espírito Santo, tem também sua mente renovada pelo mesmo poder, assim não vive mais uma vida de pecado e sim uma vida de retidão na presença de Deus.
Assim podemos dizer que a transformação realizada pelo Espírito Santo, faz nascer uma nova pessoa, não mais com seus desejos carnais, mas sim espirituais, pois é nascida de Deus.
3.2. Fidelidade imprescindível
Quando Paulo relaciona as marcas da vida no Espírito, o apóstolo usa uma palavra (pistis), que significa ao mesmo tempo fé e fidelidade, o que nos aproxima da comparação entre a corrida de velocidade e a corrida de resistência. No caso específico, ele está preocupado com a vida enquanto corrida de longa distância, que também é a vida cristã.
Aliás, é bastante interessante que toda a lista de Paulo se refere à vida prática, no campo pessoal e no campo comunitário, sem uma conotação evidentemente religiosa. São todas virtudes indispensáveis para a vida que é sempre vida socialmente. Alegria, amor, benignidade, bondade, domínio próprio, longanimidade, mansidão e paz são essencialmente virtudes bidimensionais, realizando-se entre nós e os próximos.
Fidelidade, também, mas ela vai além, alcançando a tridimensionalidade, pois nos envolve pessoalmente e em nossos relacionamentos com o Deus que nos chama e com os próximos com quem convivemos.
Ser fiel é ser digno de confiança; leal e firme na devoção e no compromisso; constante na crença. Fiel é quem não duvida de Deus. Fiel é quem não começa com o Espírito e segue a procissão da carne. Fiel é quem começa com Deus e continua caminhando com Ele.
Fidelidade, portanto, é uma vida marcada por algumas qualidades, das quais quero destacar quatro: exclusividade, verdade, regularidade e persistência.
A exclusividade é um requerimento básico de Deus no nosso relacionamento com Ele
Josué destaca a natureza desta exclusividade (Js 24.14-15). É este o tipo de fidelidade como exclusividade que Deus espera de nós. É esta a disposição que Deus espera de nós, a de servir somente a Ele.
É desta exigência que o marketing contemporâneo derivou uma de suas palavras mais eficientes: fidelização. As marcas esperam que lhes sejamos fiéis. Quanto mais uma marca consegue reter a nossa fidelidade, mas ela vale. É por isto que a marca é mais importante que a empresa. A marca Coca Cola, por exemplo, vale mais que o produto. O segredo da marca não é o segredo da fórmula do seu xarope, mas o sucesso em se manter como a marca mais conhecida no mundo. A marca Bradesco vale mais que todo o dinheiro depositado no banco por seus milhões de correntistas e investidores.
Fidelizar, portanto, é um neologismo que significa manter fiel o cliente, fiel no sentido de ser o primeiro na mente do consumidor, fiel no sentido de ser considerado o único a satisfazer o desejo do consumidor. As marcas, portanto, querem que nós as sirvamos, num novo tipo de idolatria, diferente daquela que Moisés e Josué enfrentaram.
Ser fiel, portanto, é ter, no discurso e na prática, Deus e Seu reino como nossa primeira e única escolha. Queremos realmente seguir a Ele? Qual é a nossa resposta? Elias fez a mesma pergunta direta ao povo de Israel: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o”. O comentário do autor bíblico é muito revelador: “O povo nada respondeu” (1Rs 18.21) ao profeta.
Sempre tendemos a pensar que é possível fazer uma média, achando que podemos servir a Deus e a nós mesmos.
A verdade é a outra faceta da fidelidade
Penso que nada ilustra melhor a idéia de fidelidade enquanto verdade do que uma balança. Quando você vai à feira, por exemplo, se pergunta se um quilo pesa mesmo um quilo. Quando você vai numa farmácia conferir seu peso, também se pergunta se a balança está falando a verdade (especialmente se você não concorda com o peso indicado no visor…).
Um dos sinônimos para verdade é transparência. Com tudo às claras, não dá para enganar. Assim, ser fiel é ser transparente.
O cristianismo padece com a falta de transparência. Por isto, a oração que todo cristão deve fazer diariamente é a do salmista. No Salmo 26.2, a disposição é: “examina-me, Senhor, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos”. No Salmo 139.23, o convite é: “Sonda-me, oh Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos”. Em outras palavras, é pedir: ilumine, Senhor, todas áreas da minha vida, para que tudo fique transparente.
Uma terceira dimensão da fidelidade é a regularidade
Também na vida cristã há pessoas que oscilam entre a euforia e a apatia. É impressionante vermos estas demonstrações de infidelidade na igreja. Há pessoas que parecem uns vendavais de tão animados. De repente, somem. Há alguns que começam trabalhos a que nunca dão prosseguimento.
Fidelidade é regularidade. Não adianta ler a Bíblia toda em um mês. Isto pode ser até uma prática para um tempo de euforia, mas o crescimento virá com a leitura constante, cuidadosa, meditativa, realizada anos após anos. É um investimento para a vida toda.
Não adianta passar dias e noites orando. Isto pode ser próprio para um momento, mas o crescimento virá com aquela oração “sem cessar” (1Ts 5.17) ao longo de toda a vida, num prosseguimento constante para o alvo da perfeição.
Os irregulares produzem pouco. Quando produzem, destroem o que fizeram. Eles são irregulares porque são motivados por razões erradas. Talvez busquem logo o prêmio por sua fidelidade e por sua disposição.
Os fiéis colocam-se ao dispor do Espírito Santo e fazem o que Ele orienta. Os frutos surgirão natural e constantemente. Os fiéis são persistentes, persistência que os leva até a mudarem de métodos, nunca de ideais.
Conclusão
Não somos capazes de ser fiéis, mas Ele nos capacita. Busquemos viver e andar no Espírito. Neste caminho, segundo a linguagem do Apocalipse, sobrevirão coisas que nos farão sofrer e que nos porão à prova. No entanto, não devemos temer (Ap 2.10).
Se não gastarmos tempo na presença de Deus, como iremos conhecê-lo? Sua revelação não é mágica; ela se dá pela educação. Paulo foi transformado de uma vez por todas no caminho de Damasco, como cada um de nós que também já experimentou a conversão, mas o apóstolo passou 13 anos meditando e estudando antes de começar seu ministério.
Se quisermos ser cheios dos Espirito Santo, gastemos tempo com Deus, com o próximo, conosco mesmos. Invistas nesses relacionamentos sobre orientação sempre do Espirito Santo e você terá uma vida abençoada.