INTRODUÇÃO
Testemunhamos, nessas últimas décadas, a expansão de um movimento teológico denominado de Teologia da Prosperidade.
1. O que é Teologia da Prosperidade
Nascida nos Estados Unidos, a Teologia da Prosperidade espalhou-se com extrema rapidez pelo Brasil. Seus defensores não se encontram apenas entre os neopentecostais. Tem conquistado adeptos também entre os evangélicos tradicionais seu alastramento representam sérios desafios à Igreja Evangélica Brasileira. Com ênfase nas “bênçãos” e indisfarçável aversão à Cruz (metáfora do sofrimento, dor e perseguição que acompanham os verdadeiros seguidores de Cristo), a Teologia da Prosperidade coloca em xeque a herança protestante.
1.1. Seu conteúdo
Uma fórmula pregada com exagerada ênfase por esse novo credo afirma ser o crente uma pessoa “especial”, subtraída quase às leis da vida e para quem não existiria pobreza e doença. Experimentá-las seria sinal de falta de fé. Saúde e riqueza tornam-se, por assim dizer, sinais genuínos da salvação, do estado de graça do fiel. Daí esse movimento também ser conhecido como Wealth and Health Gospel(Evangelho da Riqueza e Saúde)
Numa inversão de valores, os profetas da prosperidade colocam a conquista da felicidade no plano terreno como um super bônus da bem-aventurança cristã, quando a Bíblia exorta-nos a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33). A posse das bênçãos deixa de ser uma promessa dada por Deus para ser um direito, exigido pelo fiel com quem pleiteia uma herança ou reclama um bem.
Além de apresentar ensinos questionáveis sobre a fé, a oração, e as prioridades da vida cristã, e de relativizar a importância das Escrituras por meio de novas revelações, a teologia da prosperidade, através dos escritos de seus expoentes, apresenta outras ênfases preocupantes no seu entendimento de Deus, Jesus, ser humano e salvação.
1.2 O Seu Espirito
O Espirito de Mamon , e o espirito que está por trás da teologia da prosperidade.
A nota da Bíblia King James (Mt 6.24) comenta o que segue sobre o termo Mamom: “Jesus escolhe uma palavra aramaica Mamom para personificar um dos mais poderosos deuses de todos os tempos: o Dinheiro. O adjetivo Mamom, deriva do verbo aramaico aman (sustentar) e significa amor às riquezas e dedicação avarenta aos interesses mundanos.
Jesus orienta seus seguidores a investir suas vidas na conquista de bens espirituais agradáveis ao Senhor e adverte para a impossibilidade de servir com lealdade a Deus e ao mesmo tempo amar o deus Dinheiro. Isso não quer dizer que Jesus seja contra os ricos e prósperos, mas sim que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. O dinheiro é para ser usado e as pessoas, amadas. A inversão desses valores tem sido a razão de muitas desgraças.
1.3 A mentira da confissão positiva
Confissão Positiva é como funciona a teologia que prega prosperidade e saúde através do poder da palavra.
A confissão positiva nos leva aos princípios esotéricos que norteiam todas as seitas holísticas. Baseados em textos bíblicos isolados, esses teólogos afirmam que há poder em nossas palavras pra tudo.
Veja o que eles pregam:
1-Deus criou as coisas pela fé
2-O homem é um deus um pouco menor
3-Deus perdeu o controle do mundo na queda do homem
4-O homem assumiu a natureza satânica na queda
5-Jesus assumiu a natureza satânica na cruz
6-Jesus precisou morrer espiritualmente
7-Deus não pode agir sem que autorizemos
8-A fé nas palavras traz as coisas à existência
9-Voltamos a natureza divina quando nascemos de novo
10-Como pequenos deuses, devemos ter do bom e do melhor nesta Terra
2.A Ignorância, dinheiro e Consumismo.
“Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. “Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos.” Oséias 4:6
As pessoas têm sido e estão sendo destruídas, não só por falta de conhecimento, mas porque rejeitam conhecimento. Portanto, o que estava acontecendo com Israel está acontecendo com o mundo inteiro hoje também.
Precisamos entender que a falta de conhecimento da Palavra de Deus com relação a qualquer assunto pode nos fazer viver na mais profunda ignorância, e é triste ver cristãos que não apreendem as noções e princípios de economia bíblia.
A Bíblia ensina-nos como enfrentar muitas situações diferentes na vida, incluindo como lidar com o dinheiro. Jesus falou muito sobre esse assunto e a Bíblia refere-se muitas vezes às riquezas (Ec 10.19). O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Como administramos o dinheiro afeta a nossa comunhão com o Senhor. O dinheiro é um rival de Cristo pelo senhorio da nossa vida (Lc 16.13,14), além de moldar o nosso caráter.
Como devemos agir com as finanças?
Devemos evitar:
• Dívidas fora do seu alcance (Rm 13.8). O crente não deve fazer dívida. Devemos fazer uma previsão de gastos para não perder o controle. Não devemos nos comparar com os outros, nem cairmos no consumismo desenfreado (1 Tm 6.8-10). Evitar a todo custo, contrair mais dívidas para pagar dívidas; Não aceitar propostas de credores fora de suas reais possibilidades de pagamento; Não dever a agiotas. Dicas: gastar menos, ganhar mais, vender algo que não seja essencial.
• Ficar por fiador (Pv 17.18; 11.15; 6.1-5; 22.26)
• Desonestidade. A pessoa que promete pagar é obrigada cumprir a promessa. Aquele que promete e não paga está pecando. (Lc 16.12; Sl 15.4,5; Hb 2.9; Ef 4.1,25; Mt 5.37). A honestidade é parte do caráter cristão (2 Co 8.21; Tt 2.5; Pv 11.1; Jr 17.11). O nome de Deus é blasfemado, quando somos desonestos (Rm 2.21-24).
• Fazer do objetivo da vida o enriquecimento (1 Tm 6.9; Pv 23.4)
O que fazer com o dinheiro?
• Seja “rico para com Deus” (Mt 6.33).
• Viva dentro dos limites de seu orçamento (Pv 22.7)
• Pague os impostos e obedeça às leis do governo (Mt 22.17-21).
• Não ser ganancioso, nem oprimir outros (Tg 2.6-7).
• Ore pedindo ajuda a Deus (Tg 4.2). Deus supre a necessidade (Mt 5.45). É preciso distinguir entre necessidade e cobiça (Tg 4.3)
• Procure orientação (Cl 3.16).
• Não invejar a prosperidade do ímpio (Sl 73).
• Desfrute sem comprar (Praia, biblioteca, museu, parques públicos).
Existem coisas que o dinheiro não pode comprar, como uma espiritualidade genuína (At 8.18-20)
Muitos crêem que a riqueza é um sinal de benção e a pobreza de falta de fé ou pecado.
Os fariseus escarneciam de Jesus por causa da sua pobreza (Lc 16.14). Essa idéia falsa é desmentida por Cristo (Lc 6.20).
3. O Evangelho puro e Simples
O evangelho que está em voga hoje em dia oferece uma falsa esperança aos pecadores. Promete-lhes que terão a vida eterna apesar de continuarem a viver em rebeldia contra Deus. Na verdade, encoraja as pessoas a reivindicarem Jesus como Salvador, mas podendo deixar para mais tarde o compromisso de obedecê-Lo como Senhor. Promete livramento do inferno mas não necessariamente libertação da iniquidade. Oferece uma falsa segurança às pessoas que folgam nos pecados da carne e desprezam o caminho da santidade. Ao fazer separação entre fé e fidelidade, deixa a impressão de que a aquiescência intelectual é tão válida quanto a obediência de todo coração à verdade. Dessa forma, as boas novas de Cristo deram lugar às más novas de uma fé fácil e traiçoeira, que não faz qualquer exigência moral para a vida dos pecadores. Não se trata da mesma mensagem proclamada por Jesus!
Este novo evangelho tem produzido uma geração de cristãos professos cujo comportamento raramente se distingue da rebeldia em que vive o não-regenerado.
Estatísticas recentes revelam que 1.6 bilhão da população da terra são considerados cristãos. Uma bem conhecida pesquisa de opinião pública indicou que quase um terço de todos os norte-americanos se declaram nascidos de novo. Tais números, com certeza, representam milhões de pessoas que estão tragicamente enganadas. O que eles têm é uma falsa garantia, passível de condenação eterna.
O testemunho da igreja para o mundo tem sido sacrificado no altar da graça barata. Formas chocantes de imoralidade aberta têm se tornado coisa trivial entre professos cristãos. E por que não? A promessa de vida eterna, sem uma rendição à autoridade divina, alimenta a mesquinhez do coração não-regenerado.
Os entusiásticos convertidos a este novo evangelho crêem que o seu comportamento nada tem a ver com o seu status espiritual — mesmo que permaneçam libertinamente apegados aos tipos mais grosseiros de pecado e de formas de depravação humana.
Parece que a igreja de nossa geração será lembrada principalmente por causa de uma série de escândalos horripilantes que trouxeram a público as mais indecentes exibições de depravação na vida de alguns dos mais populares televangelistas. E o pior de tudo é a dolorosa consciência de que muitos cristãos olham para esses homens como parte do rebanho, e não como lobos e falsos profetas que se imiscuíram entre as ovelhas (Mt 7.15). Por que deveríamos crer que pessoas que vivem na prática do adultério, fornicação, homossexualismo, fraude, e todo tipo de intemperança são nascidas de novo?
O que se precisa é de um completo reexame do que seja o evangelho. Temos de voltar ao fundamento de todo o ensino neotestamentário sobre a salvação — ao evangelho proclamado por Jesus. Penso que muitos ficarão surpresos ao descobrir como a mensagem de Jesus é radicalmente diferente daquela que por ventura tenham aprendido.
Esboço do Verdadeiro Evangelho
Ele ensina a Adoração
Ele salva Pecadores
Ele cura os enfermos
Ele desafia as Pessoa
Ele Busca e Salva o Perdido
Ele Condena um Coração Endurecido
Ele Oferece um Jugo Suave
Ele Chama ao Arrependimento
Ele Mostra Natureza da Fé Verdadeira
Ele Ensina o Caminho da Salvação
Ele Dá a Certeza da Vida ou do Juizo Eterno
Ele Auxilia no Discipulado
Ele Mostra o Senhorio de Cristo